A comunicação ocorre de diversas formas, utilizando diferentes linguagens para expressar ideias, sentimentos e valores. Na Educação Física, essas linguagens podem ser corporais, artísticas e verbais, compondo os chamados textos multissemióticos. Esses textos misturam diferentes formas de comunicação e ajudam a interpretar e refletir sobre temas sociais importantes, como racismo, estereótipos de gênero e feminismo.
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O racismo, por exemplo, pode ser identificado e combatido por meio de diversas manifestações culturais e esportivas. A capoeira, uma expressão corporal que une luta e dança, foi criada por pessoas escravizadas no Brasil como forma de resistência. Hoje, ela é reconhecida como patrimônio cultural e mostra a força e a importância da cultura afro-brasileira. No entanto, ainda há preconceitos e estereótipos que associam certas modalidades esportivas a determinados grupos, o que reforça desigualdades e discriminações.
Os estereótipos de gênero também influenciam a forma como diferentes esportes são vistos e praticados. Muitas vezes, esportes como futebol e lutas são considerados "masculinos", enquanto ginástica e dança são vistos como "femininos". Esse tipo de pensamento limita as escolhas das pessoas e reforça desigualdades. No entanto, atletas como Marta, no futebol, e Rebeca Andrade, na ginástica, desafiam esses estereótipos e mostram que talento e dedicação são mais importantes do que qualquer convenção social.
O feminismo, por sua vez, busca garantir direitos e oportunidades iguais para mulheres e homens em todas as áreas, incluindo o esporte. Antigamente, as mulheres eram proibidas de participar de diversas competições esportivas, mas hoje elas conquistaram espaço em quase todas as modalidades. Entretanto, ainda há desafios, como a diferença nos salários e na visibilidade entre atletas homens e mulheres. Campanhas publicitárias, filmes e reportagens esportivas são exemplos de textos multissemióticos que podem influenciar a maneira como a sociedade enxerga essas questões.